Como águas que descem um leito manso
Minhas mãos navegam suaves em tua tez
Enquanto lábios passivos de se dar roço
No meu fluxo lavo teu chão pedrês
Meus troncos te prendem num abraço lento
Os teus braços nos meus acham descanso
O teu calor refrescam os meus ventos
Num laço que te orvalha o remanso
Jaz então saciada tua carne em flor
Esboço de reação não vejo em ti
E teu olhar desfalece a sua cor
Apenas um resto de boca me sorri