POESIA ALGUMA

Querer ser.
Quisera este querer.
Sou quase sem querer.

Horror de carregar o próprio peso
Que eu haveria de ser.
Tira o bicho que sou de cima de mim.
Alguém por amor me seja.

Às vezes sou (por) quase um segundo…
Mas não dou conta. Não sou valor que se conta.
Me leva de mim. Diz por que sou.
Mas sê-lo por mim, pois sonho.

À parte isso, me esqueço.
Não desperto: a dor meço.

Rodrigo Vaz © Poesia Alguma 2017 - 2024

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