POESIA ALGUMA

tempo
uma nau de velas prenhes de vento
de timão arredio sempre a nos baldear
afastando apressada nuvens de feições mal esboçadas
rasgando a carne do mar num rastro de espuma
antes quisera deter-te mas és imune a toda erosão
breve muito breve é a vida.
para não naufragar no subtrair dos dias
só o embriagar-se de agoras

Rodrigo Vaz © Poesia Alguma 2017 - 2024

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