O desejo

O desejo versa o avesso do sossego
Rima a sede infinda por um beijo
O querer encinza as rosas seu arder
É sempre sem pudor o seu ensejo

A febre da razão é sã loucura
Fado que se cura em destempero
Eros põe delírios nos juízos
Traz à carne a luxúria dos segredos

É mistério a hora da partida (certo o despejo)
Até lá que seja só deleite entre o seu ventre!
Enquanto o medo hesita a vida vibra!
Que ela me carregue o seu enredo!

Rodrigo Vaz © Poesia Alguma 2017 - 2025

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