O desejo
O desejo versa o avesso do sossego
Rima a sede infinda por um beijo
O querer encinza as rosas seu arder
É sempre sem pudor o seu ensejo
A febre da razão é sã loucura
Fado que se cura em destempero
Eros põe delírios nos juízos
Traz à carne a luxúria dos segredos
É mistério a hora da partida (certo o despejo)
Até lá que seja só deleite entre o seu ventre!
Enquanto o medo hesita a vida vibra!
Que ela me carregue o seu enredo!