Busquei a fina flor em muitas eiras
Cruzei desertos e vis fronteiras
Virei o mundo perdido o rumo
Pra restar aqui de mãos vazias
Desterrado à beira dos meus dias
Ao engano destes sonhos de vãs floradas
Ao capricho de feitiços plenos de nadas
Só para podar-me ao fim
E contar minha fortuna:
Regar a flor nenhuma
Destes meus findos jardins

 

Poema selecionado para a coletânea “Poesia Minha Voz”, editora Casa de Prometeu. 

Rodrigo Vaz © Poesia Alguma 2017 - 2025

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