POESIA ALGUMA

Através dos céus

Viver é dançar com os ponteiros
Incansáveis do devir
Morrer é só o mundo que volta a dormir
A poesia é o mundo deslumbrado
Diante de si mesmo no espelho
Galáxias cirandam a valsa do silêncio
Uma luz antiga aporta ao cais
De nossos olhos
Eis tudo o que somos: cais de luz
Enquanto os sábios buscam o mundo
Nos seus cálculos
Os poetas movem o mundo
Nos seus versos
Enquanto o silêncio das estrelas
A uns assombra
Outros do papel fazem um céu
E com elas poesia

Rodrigo Vaz © Poesia Alguma 2017 - 2024

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